quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Falta de orientação sexual é um dos motivos para a perda da virgindade

Adolescentes não pensam que podem gerar uma gravidez indesejada ou contrair o vírus HIV ao manter relações sem responsabilidade

Adolescentes perdem cada vez mais cedo a virgindade, seja por falta de orientação nas famílias ou mudanças de conceitos familiares.
“A falta de orientação no tocante ao assunto sexualidade é uma das principais causas de levar a perda da virgindade. Em casa, geralmente, não se fala no assunto. O adolescente busca informações na rua e no círculo de amizade. Desse modo recebe informações deturpadas e inadequadas”, afirma a sexóloga Marilandes Ribeiro Braga.
A adolescente Thais Aparecida Erse Alves perdeu a virgindade aos 14 anos, hoje com 17 é mãe solteira, mora com a mãe, a irmã e três sobrinhos. Ela conta que não tinha diálogo em casa sobre o assunto, apenas cobranças, e acrescenta “Meu filho é uma benção em minha vida, mas hoje não posso estudar, nem trabalhar, além disso, perdi a liberdade de sair. Não posso ir ao shoping com as amigas e tenho que pensar várias vezes nos lugares que vou, porque pode chover ou estar muito quente ou muito barulho e o bem-estar do meu filho é o mais importante”. O pai, um jovem que ela conheceu, apresentou-se como Jefferson, a buscava em casa para sair, nunca a levou em sua casa, nem a apresentou à família. Quando informado que seria pai, ele simplesmente disse que não era dele e não atende mais os telefonemas. Sem saber como sustentar o filho ela e a mãe procuraram um advogado, que lhe informou que para entrar com pedido do teste de DNA e com pedido de pensão alimentícia precisa, pelo menos, do nome completo do suposto pai e o endereço.
A agente de saúde Meire da Silva, 41, perdeu a virgindade somente após o casamento aos 26 anos, ela afirma que não se arrepende, pois em sua casa havia sempre muito diálogo e relata também “Na minha adolescência eu era muito inocente, só pensava em brincar de boneca”.
“Estudos comprovam que indivíduos que tiveram a primeira experiência sexual mais velhos podem ter relacionamentos amorosos mais satisfatórios”, afirma a sexóloga.
Os tempos mudaram e com ele o modo de ver a sexualidade, de acordo com Marilandes, em séculos passados as mulheres não tinham direito ao orgasmo, isso era reservado apenas para as prostitutas. Hoje elas podem e também procuram ajuda psicológica quando percebem que têm alguma disfunção sexual, por exemplo, a falta do desejo ou a anorgasmia que é a dificuldade em atingir o orgasmo.

O psicólogo João Garcia de Campos alerta “Em termos de comportamento, todos os extremos são inadequados. Assim, a repressão sexual que ainda é exercida em muitos países árabes é um mal, particularmente para o sexo feminino. Por outro lado, o extremo da liberação sexual onde o sexo é praticado independentemente da relação afetiva dos parceiros é inadequado, pois envolve o uso do corpo como mercadoria a ser utilizada, com riscos inclusive para a saúde física e mental”. 
Matéria produzida pela aluna  do 6º termo de Jornalismo, Helena Cararo, sob a supervisão da docente Flávia Arenales

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