sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A difícil vida das sacoleiras


Com o objetivo de aumentar a renda familiar, mulheres se tornam viajantes
Com o objetivo de conquistar melhores condições financeiras, várias mulheres do Oeste Paulista recorrem à profissão de sacoleiras.
 Os principais pontos de compras são Goiânia e São Paulo, que reúnem autônomas, proprietárias de boutique e sacoleiras em busca de preço, variedade e novidades.
A autônoma Renata Borges, 30 anos, exerce a profissão de sacoleira há pouco mais de um ano. Todo começo de mês, enfrenta nove horas de viagem de Dracena a São Paulo para renovar o estoque. “Ser sacoleira não é fácil, é uma vida muito cansativa”. Às vezes, passo dez horas seguidas pelas ruas da capital em busca de boa qualidade e produtos que caibam no meu bolso e das minhas clientes. Acredito que quem mais lucra com esse tipo de comércio são os consumidores, que compram produtos bem mais baratos que nas lojas” conta.
 Para a estudante Fernanda Moura, as sacoleiras são uma boa opção. “Muitas atendem a domicílio, o que facilita a compra”.
Declara Moura que a maioria das peças que possui foram compradas de profissionais autônomas, tais como bolsas, sapatos, roupas maquiagens, bijuterias. “Minhas peças não deixam nada a desejar com relação às adquiridas em lojas”, conta.
A sacoleira Leda de Andrade, que há 30 anos vive essa rotina diz estar cansada. “Comecei a fazer as viagens porque não tinha emprego fixo e consegui visualizar uma oportunidade de ganho”, afirma.
Completa que é uma vida muito desgastante e cansativa, fisicamente e também devido aos maus pagadores. “Tenho muitos clientes honestas, que pagam as parcelas em dia. Porém, os caloteiros ficam impunes porque como não tenho firma registrada em meu nome, fica difícil negativar os inadimplentes”, conta a sacoleira.
Milhares de histórias como estas se repetem em todos os cantos do país. Semanalmente, mulheres saem de seus municípios de origem e se encontram num mesmo lugar, com uma única finalidade: a de sobreviver e assim dar uma vida melhor para os filhos e a família.
 Matéria produzida pela aluna do 6º termo de jornalismo, Aline Bianca Mizael
 Disciplina: Agência de Notícias
 Supervisão: Prof. Flávia Arenales

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