quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Internet pode causar danos à saúde


Cybervício provoca problemas sociais e comportamentais em jovens
A inclusão digital abrange mais pessoas a cada dia. De acordo com informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de pesquisas recentes realizadas pelo Ibope/ Nielsen, até dezembro de 2009 o país possuía cerca de 67,5 milhões de internautas, que acessam a rede em residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e outros lugares.
A estimativa é que esses números aumentem em 10% anualmente. Assim acontece também com a quantidade de horas de navegação que no mesmo período chegaram a 71h e 30 min no mês, considerados o uso, de aplicativos on-line como msn, e-mule, skype (além de sites) e outros.
E com o uso excessivo da internet surgiu como conseqüência a dependência que pode causar males como a baixa auto-estima, fobias, desinteresse social e outros.
Essas atitudes podem ser uma predisposição ao vício na internet ou “cybervício” que é considerado como distúrbio mental (doença), já que leva o individuo a uma dependência, afirma a psicóloga Kelly Augusta, de 32 anos.
A psicologa diz ainda que o tempo utilizado na internet não determina alguém como um cyberviciado. “É possível diagnosticar uma pessoa pela repetição do uso e também pelos sites que acessa e intensidade que o internauta faz uso das ferramentas”.
A Secretária atendente da Lan-house A3, Ângela Maria da Silva, 26, diz que alguns clientes costumam usar a internet por tempo prolongado. Conta que já viu usuários somente saíram da “Lan” após 8 horas de uso. “A maior parte do tempo eles ficam jogando SC, Counter Strike, ou navegam em sites de relacionamentos”, afirma a atendente.
Porém o uso contínuo, assim como em situações de vícios em drogas lícitas ou ilícitas, pode causar sérios danos a saúde e até mesmo a morte.
Alguns sintomas podem ajudar a identificar o vício, como por exemplo, depressão; ansiedade (Quando a internet não está acessível), utilizar o computador como meio de aliviar as tensões; vontade de passar cada vez mais tempo on-line; mentir a respeito do número de horas conectado; não conseguir desligar o computador no tempo programado e colocar as relações interpessoais como família, amizades, trabalho em risco por conta do uso excessivo na internet.
A família é importante e pode ajudar. Kelly dá a dica para evitar o problema. “Todos podem ajudar com o monitoramento de possíveis mudanças comportamentais, principalmente quando existem prejuízos na vida social. Qualquer comportamento excessivo pode desencadear patologia”. alerta.

Matéria produzida por Eder Lenardon, Lucivalda Castro e Gabriela Paduan

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