quarta-feira, 27 de novembro de 2013

História

Impressões antigas persistem no tempo e mostram a paixão de um profissional gráfico

Formato linotipo é usada há quarenta anos por impressor prudentino, que mantém a tradição

Por Nilton Paulo

A modernidade e as novas tecnologias nas impressões de materiais gráficos, com máquinas que usam variados tipos de papéis com até quatro cores ao mesmo tempo é uma realidade comum hoje em dia. Mas para o gráfico prudentino Benedito Mariano da Silva, de 66 anos, a realidade é diferente: ele trabalha há 40 anos como tipográfico e desde de que começou, ainda jovem, permanece no sistema antigo, apenas com o uso de uma máquina de tipografia, que ele usa para complementar a renda.
Apaixonado pela profissão, conta que iniciou as atividades como impressor gráfico em 1996 e desde então nunca mais parou de trabalhar nesta profissão que considera apaixonante.
Ele diz também que não conhece outra pessoa na cidade que usa a tipografia, ou seja, a montagem individual de letras para a impressão. "Há dez anos comprei um pouco de material do linotipo, que é um material importado da Alemanha." "Naquela época, já não se fabricava mais essas peças com qualidade", explica.
Hoje os clientes de calendários, principal material produzido neste sistema, são donos de consultórios, empresas, lojas e vendedores. A produção varia entre 300 e 2.500 calendários por cliente.
“Os vendedores que trazem trabalho para mim, começam a fazer os pedidos a partir do mês de abril para antecipar as entregas em dezembro. Como a máquina realiza impressão de uma unidade de cada vez, o processo é dmorado", explica.
“Comecei a trabalhar na gráfica Boin, mas logo que fechou eu fui para a Prudengráfica e posteriormente para a Santo Antonio, onde sempre trabalhei com a montagem de linotipos. Depois que me aposentei em 1.993, montei meu próprio negócio em casa. 
Ainda segundo o gráfico, apesar de hoje as impressões e máquinas serem ultramodernas, ele prefere trabalhar com a antiga e reforça que há clientes de todos os gostos.

Fotos: Nilton Paulo

                                               O linotipista com seu instrumento de trabalho. Tradição que persiste nos dias atuais. 


                                                     Um dos calendários produzidos pelo sistema tradicional de impressão.

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