quarta-feira, 1 de junho de 2011

Parcialidades agridem ética jornalística



“Jornalismo justiceiro” fere direito democrático da livre expressão em nome da verdade



Para fugir do formato tradicional de jornalismo imparcial no Brasil, uma nova geração de profissionais pratica atualmente o “jornalismo justiceiro” que aponta, fiscaliza e cobra, através de denúncias e entrevistas, providências das autoridades competentes em cumprimento da Lei.
Esse tipo de atitude é reprovada por alguns dos representantes da categoria, como o repórter e crítico da UOL, Marcelo Stycer, em especial para a Folha. “O jornalista toma para si a tarefa de resolver com as próprias mãos os problemas que aponta”, argumenta.
O Código de Ética do jornalismo brasileiro, em vigor desde 1987, indica que a “postura do jornalista deve ser pautada no direito a informação, respeitando, contudo, o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão”.
Mesmo os profissionais de programas televisivos como CQC e Legendários, que supostamente buscam a verdade dos fatos por pressão às autoridades e por vezes esquecem as regras sociais da boa educação e do direito da liberdade de expressão, lembrado por Stycer, atendem os interesses particulares, seja por meio de “jabá”, matérias recomendadas ou plantadas para a promoção da emissora de modo que não fique mal com seus colaboradores.
A imparcialidade, como aprendido no meio acadêmico, é impossível ao ser humano, já que o mesmo é dotado de sentimentos e emoções e, por esse motivo, a subjetividade se esconde na objetividade das palavras. Fica questionada a ética do profissional de jornalismo, ainda que esse seja um “jornalista justiceiro”, mas preza-se a informação acima dos interesses dos envolvidos.


Artigo Produzido pela discente do 5º termo, Luciane Cândido Carvalho

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