Adolescentes não pensam que podem
gerar uma gravidez indesejada ou contrair o vírus HIV ao manter relações sem
responsabilidade
Adolescentes perdem cada vez
mais cedo a virgindade, seja por falta de orientação nas famílias ou mudanças
de conceitos familiares.
“A falta de orientação no
tocante ao assunto sexualidade é uma das principais causas de levar a perda da
virgindade. Em casa, geralmente, não se fala no assunto. O adolescente busca
informações na rua e no círculo de amizade. Desse modo recebe informações
deturpadas e inadequadas”, afirma a sexóloga Marilandes Ribeiro Braga.
A adolescente Thais
Aparecida Erse Alves perdeu a virgindade aos 14 anos, hoje com 17 é mãe
solteira, mora com a mãe, a irmã e três sobrinhos. Ela conta que não tinha
diálogo em casa sobre o assunto, apenas cobranças, e acrescenta “Meu filho é
uma benção em minha vida, mas hoje não posso estudar, nem trabalhar, além
disso, perdi a liberdade de sair. Não posso ir ao shoping com as amigas e tenho
que pensar várias vezes nos lugares que vou, porque pode chover ou estar muito
quente ou muito barulho e o bem-estar do meu filho é o mais importante”. O pai,
um jovem que ela conheceu, apresentou-se como Jefferson, a buscava em casa para
sair, nunca a levou em sua casa, nem a apresentou à família. Quando informado
que seria pai, ele simplesmente disse que não era dele e não atende mais os
telefonemas. Sem saber como sustentar o filho ela e a mãe procuraram um
advogado, que lhe informou que para entrar com pedido do teste de DNA e com pedido
de pensão alimentícia precisa, pelo menos, do nome completo do suposto pai e o
endereço.
A agente de saúde Meire da
Silva, 41, perdeu a virgindade somente após o casamento aos 26 anos, ela afirma
que não se arrepende, pois em sua casa havia sempre muito diálogo e relata também
“Na minha adolescência eu era muito inocente, só pensava em brincar de boneca”.
“Estudos comprovam que
indivíduos que tiveram a primeira experiência sexual mais velhos podem ter
relacionamentos amorosos mais satisfatórios”, afirma a sexóloga.
Os tempos mudaram e com ele
o modo de ver a sexualidade, de acordo com Marilandes, em séculos passados as
mulheres não tinham direito ao orgasmo, isso era reservado apenas para as
prostitutas. Hoje elas podem e também procuram ajuda psicológica quando
percebem que têm alguma disfunção sexual, por exemplo, a falta do desejo ou a
anorgasmia que é a dificuldade em atingir o orgasmo.
O psicólogo João Garcia de
Campos alerta “Em termos de comportamento, todos os extremos são inadequados.
Assim, a repressão sexual que ainda é exercida em muitos países árabes é um mal,
particularmente para o sexo feminino. Por outro lado, o extremo da liberação
sexual onde o sexo é praticado independentemente da relação afetiva dos
parceiros é inadequado, pois envolve o uso do corpo como mercadoria a ser utilizada,
com riscos inclusive para a saúde física e mental”.
Matéria produzida pela aluna do 6º termo de Jornalismo, Helena Cararo, sob a supervisão da docente Flávia Arenales
Nenhum comentário:
Postar um comentário